3 de fevereiro de 2010

II TIMÓTEO "O TESTEMUNHO DE PAULO"


Este capítulo tem sido chamado o “testamento da vida de Paulo”. Este capítulo contém parte das últimas palavras proferidas ou escritas pelo apóstolo Paulo. Foram escritas a semanas, talvez não mais do que poucos dias antes do seu martírio. De acordo com antiga tradição fidedigna, Paulo foi decapitado na Via Ápia. Por trinta anos ininterruptos trabalhara como apóstolo e evangelista itinerante. Fez, o que ele mesmo escreve aqui: “combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé” (vs 7). Agora, ele aspira por seu prêmio, “a coroa da justiça”, que já estava reservada no céu (vs 8).
Estas palavras constituem um valioso legado de Paulo à igreja. Elas estão impregnadas de uma atmosfera de grande solenidade. É impossível lê-las sem uma profunda emoção.

A primeira parte do capítulo toma a forma de uma comovente incumbência. “Conjuro-te, perante Deus”, assim começa. O verbo “diamartyromai” tem conotações legais e pode significar “testificar sob juramento” numa corte de justiça, ou “adjurar” uma testemunha a assim proceder. A exortação de Paulo é endereçada a seu filho na fé, Timóteo, que era seu representante em Éfeso. Todavia, é aplicada a cada homem chamado a um ministério evangelístico ou pastoral, ou mesmo a todos os cristãos.

A natureza da exortação (vs 2)

Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”

Deixando o versículo 1, por um momento, e passando ao versículo 2, encontramos a essência dessa exortação em três palavras: “prega a palavra”. Esta palavra foi proferida por alguém. Mas é a palavra, a palavra de Deus, que Deus mesmo proferiu.

Paulo não precisava especificar melhor o que ele queria dizer, já que Timóteo saberá de imediato que se trata do corpo de doutrina, que ouvira de Paulo, e que o mesmo Paulo lhe comissionou a passar adiante a outros. É idêntica ao “depósito” do capítulo 1, e neste quarto capítulo é equivalente à “sã doutrina” (vs 3), à “verdade” (vs 4) e a “fé” (vs 7). São as Escrituras do Velho Testamento, inspiradas por Deus e proveitosas, que Timóteo sabe desde a infância, junto com o ensino do apóstolo, que Timóteo “tem seguido”, “aprendido” e de que tem sido “inteirado” (II Tm 3.10-14).

Não temos nenhuma liberdade para inventar a nossa mensagem, mas somente comunicar “a palavra” proferida por Deus e agora entregue à igreja, em sagrada custódia. Timóteo deve “pregar” esta palavra; ele deve falar o que Deus falou. Sua responsabilidade não é somente ouvir essa palavra, crer nela e obedece-la, nem somente guardá-la de toda falsidade; nem somente sofrer por ela e permanecer nela; mas, sim, pregá-las a outros. Assim ele deve proclamá-la como um arauto em praça pública (kerysso, cf. keryx, “um arauto”).

Agora, Paulo prossegue mostrando quatro sinais que deverão caracterizar a proclamação a ser feita por Timóteo.

Uma proclamação urgente

O verbo ephistemi, “instar”, significa literalmente ‘assistir’, e assim “estar de prontidão”, “estar disponível”. Dando a seguinte idéia: “nunca perca o teu sentido de urgência”. Toda boa pregação transmite um sentido de urgência e de importância do que está sendo pregado. O arauto cristão sabe que está tratando de assunto de vida ou morte. Como poderia tratar de tais temas com fria indiferença? Será que estamos divertindo os bodes, ou alimentando as ovelhas, como disse Spurgeon.

Richard Baxter, ilustre pregador disse: “Você não conseguirá quebrantar o coração de ninguém com gracejos, nem contando histórias agradáveis ao ouvido, nem compondo um discurso pomposo. Ninguém abandonará as coisas de que mais gosta, mediante uma solicitação sem profundidade feita por alguém que parece não falar com convicção, ou que pouco se incomode se a sua solicitação é aceita ou não”.

Uma proclamação contextual

O arauto que anuncia a Palavra deve corrigir, repreender e exortar. Isso sugere que há três diferentes maneiras de anunciar, pois que a Palavra de Deus é “útil” para uma variedade de ministérios, como Paulo já disse (II Tm 3.16). Neste texto de II Tm 3.16, Paulo diz que as Escrituras são úteis para o ensino (aquilo que é certo), para a repreensão (aquilo que é errado), para a correção (como fazer o que é certo) e para a educação na justiça (como permanecer no caminho certo). O pregador deve lembrar-se disso e ser hábil no uso da Palavra. Ele deve usar “argumentos, repreensão e apelo”, o que vem a ser quase uma classificação de três abordagens: a intelectual, a moral e a emocional.

Porque muitas pessoas acham-se atormentadas por dúvidas e precisam ser repreendidas; outras, ainda, são perseguidas pelas dúvidas e precisam ser encorajadas. A Palavra de Deus faz tudo isso e muito mais. É nosso dever aplicá-la contextualmente.

Uma proclamação paciente

Mesmo devendo instar (esperando obter das pessoas rápidas decisões em resposta à Palavra), devemos ter “toda a longanimidade na espera por essa resposta”. Nunca devemos nos valer do uso de técnicas humanas de pressão ou tentar forçar uma “decisão”. A nossa responsabilidade é ser fiel na pregação da Palavra; os resultados da proclamação são de responsabilidade do Espírito Santo e, quanto a nós, só nos compete esperar pacientemente por sua obra. Portanto, mesmo sendo solene o nosso comissionamento, e urgente a nossa mensagem, não se justifica uma conduta rude ou impaciente.

Uma proclamação inteligente

Não devemos pregar a palavra, mas também ensiná-la, ou melhor, pregá-la “com toda a doutrina” (keryxon... en pase... didache). O erudito C.H. Dodd tornou clara a distinção entre kerygma e didache, sendo a primeira a proclamação de Cristo aos descrentes, com um apelo ao arrependimento; e a segunda, a instrução ética aos convertidos. A distinção é prática e importante. Todavia, se a nossa proclamação pretende antes de tudo convencer, repreender ou exortar, ela deve ser um ministério de doutrina.

O ministério pastoral cristão é essencialmente um ministério de ensino, e é por isso que se exige dos candidatos uma fé verdadeira e aptidão para o ensino (Tt 1.9; I Tm 3.2). Esta é a instrução de Paulo a Timóteo. Ele deve pregar a Palavra anunciando a mensagem dada por Deus, mas deve fazê-lo com um sentido de urgência, deve aplicá-la ao contexto da situação presente, deve ser paciente em seu modo de ser e inteligente na sua exposição.

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DAVI E GOLIAS

DAVI E GOLIAS
O DESBRAVADOR

GOLIAS EM HEBRAICO, גָּלְיָת

Golias foi um personagem do Antigo Testamento que participou num episódio de batalha entre os Filisteus e o povo de Israel, que foi defrontado e morto por Davi, segundo relatos da Bíblia, principal livro dos cristãos e dos judeus, relatados em I Samuel 17: 45 à 51

45 Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
46 Hoje mesmo o SENHOR te entregará na minha mão, e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel;
47 E saberá toda esta congregação que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.
48 E sucedeu que, levantando-se o filisteu, e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi, e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.
49 E Davi pôs a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.
50 Assim Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o matou; sem que Davi tivesse uma espada na mão.
51 Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha, e o matou, e lhe cortou com ela a cabeça; vendo então os filisteus, que o seu herói era morto, fugiram.

HISTÓRIA


Nome: Golias
Significado: passagem, mudança, exílio, transmigração

Família:
Avô: Provável Arba

Pai: Provável Enaque

Irmãos: Lami, o Giteu
Local de Nascimento: Gate

Localização Temporal: 1200 a.C. - 1000 a.C.

Motivo de Morte: Derrubado por uma pedra da funda de Davi e decapitado

Local de Morte: Planície de Elah (carvalho)

Segundo a narrativa do livro de Reis,Golias era um gigante da cidade de Gate, e um campeão dos filisteus. Golias aumentou nas mãos de escribas e narradores, a bíblia mais antiga, os rolos do mar morto (século 2 a.c) , assim como o historiador Josephus e a Septuaginta todos estes concordam que Golias possuía a altura de seis côvados e um palmo, (2.90 metros), mas mais tarde (935 d.c) o Codex Aleppo aumentou para seis côvados e um palmo a única medida confiável é a primeira pois não há texto hebraico anterior a 935 d.c que coloca Golias como sendo de seis côvados e um palmo.
Ainda segundo Reis,o combate que teve contra David, usava uma cota de malha de bronze que pesava 5000 ciclos, (57 kg). Como Davi era um rapaz ainda, provavelmente só a cota de malha de Golias já atingia seu peso. Mas Davi ainda tinha que lutar com um gigante que carregava um grande escudo para proteção e uma lança, cuja ponta de ferro pesava 600 ciclos, (6, kg). Sua haste foi descrita na Bíblia como "eixo dos tecelãos".
Pouco depois de Davi ter sido ungido por Samuel, os filisteus ajuntaram-se em Socó para uma guerra contra Israel, e então acamparam em Efes-Damim. Golias desafiava Israel em alta voz para apresentarem um homem que lutasse com ele em combate individual, o resultado determinaria qual o exército que se tornaria servo do outro. Seu desafio durou 40 dias. Mas no exército israelita não havia soldado com coragem suficiente de enfrentar Golias com seus quase 3,10 metros de altura, (7 covados ~= 45 cm) ainda mais sendo este um soldado mercenário treinado e muito bem armado.
Quando Davi soube do que estava acontecendo ficou indignado e aceitou o desafio do filisteu. A tentativa de Saul em colocar sua armadura em Davi não teve êxito, porque ele nunca tinha usado aquele equipamento. Davi foi apenas com a funda e algumas pedras lisas que pegou em um rio próximo ao encontro de Golias.
Invocando o nome de seus deuses para o mal contra Davi, Golias riu-se dele, perguntando se era por acaso um cão para que viesse a ele com cordas, referindo-se a funda que Davi usava. Davi respondeu:

“Tu vens a mim com espada, e com lança, e com dardo, mas eu chego a ti com o nome de Jeová dos exércitos, o Deus das fileiras combatentes de Israel, de quem escarneceste.”
I Samuel 17: 45

As armas de Davi eram da parte de Jeová (Deus de Israel) e isso lhe dava confiança da vitória. Apressando-se, Davi pegou uma pedra e atirou com a funda e ela penetrou a testa de Golias. Não deve ter lhe matado instantaneamente porque a Bíblia diz que quando Golias caiu com a face por terra, Davi apressou-se, pegou a espada de Golias e entregou-lhe a morte 'definitivamente' cortando sua cabeça.

Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha, e o matou, e lhe cortou com ela a cabeça; vendo então os filisteus, que o seu herói era morto, fugiram.
I Samuel 17: 51

Quando viram seu campeão morto, os filisteus fugiram, mas foram perseguidos e dizimados até sua cidade.
Davi tomou então a cabeça do filisteu e a levou a Jerusalém, e as armas dele pôs na sua tenda.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Golias

OS SETE TIPOS DE CRENTES


A maioria dos livros do Novo Testamento são cartas que foram escritas pelos santos apóstolos a várias congregações, e que o cristianismo aceita como Palavra autorizada de Deus para nossa época. Mas existe algo que faz do Apocalipse um livro sagrado realmente singular.

E a revelação de Jesus Cristo, expressa em cartas enviadas a sete igrejas situadas na Ásia com instrução para elas e com mensagens proféticas aplicadas a sete períodos específicos da história da igreja.

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Ao mesmo tempo contém mensagens universais que produzem a edificação espiritual do crente.

Graças a Deus porque neste estudo hoje temos a oportunidade de lê-las, estudá-las e ser abençoados com suas orientações. Mas lembremos que, além de penetrar em seu conteúdo, devemos obedecer a ele ( Ap 1.3), e seremos bem-aventurados.

Há alguma coisa em comum nas cartas escritas às sete igrejas: escreve-se ao anjo ou mensageiro de cada uma delas. Em cada caso, o Senhor Jesus Se apresenta com uma identificação especial adequada às necessidades desse período da igreja. Por exemplo, ao escrever a Esmirna (era de perseguição e martírio), apresenta-Se como "o que esteve morto e tornou a viver" ( Ap 2.8).

Há um elogio que reflete as virtudes desse período (menos no caso de Laodicéia, devido a sua mornidão espiritual). Há uma reprovação destinada a ajudar a crescer em áreas débeis da igreja, com exceção do período de Esmirna (era das perseguições e martírio) e Filadélfia (era do reavivamento). Também se inclui uma admoestação e uma promessa.

As sete cartas do livro de apocalipse, foram dirigidas a sete Igrejas que existiam na Ásia Menor, região da atual Turquia (Ap. 2:1-3:22). Como o livro de Apocalipse (Revelação) é de caráter profético, podemos delinear claramente as diversas fases da Era da Igreja, que marca o fim das Eras (1Co 10:11).

A seguir apresentamos uma cronologia da evolução da Igreja, em comparação às sete cartas Reveladas por Jesus no Apocalipse.

- ÉFESO (anos 70 a 170 d.C.) – Representa a Igreja primitiva pós-apostólica.

- ESMIRNA
(anos 170 a 312 d.C.) Representa a Igreja perseguida pelos imperadores romanos.

- PÉRGAMO (anos 312 a 606 d.C) Representa a Igreja Clerical ou estatal, instituída pelo imperador romano Constantino.

- TIATIRA (anos 606 a 1517 d.C.) Representa toda a era da Igreja Católica Romana. Tem início no ano 606 quando o bispo romano Bonifácio é eleito o Bispo da Igreja Universal de Roma, tornando-se assim o primeiro Papa.

Em Tiatira é mencionada a volta de Jesus pela primeira vez nas sete cartas: “Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes, retende-o até que eu venha” (Ap. 2.24-25).

Levando em consideração que a época da Igreja Apostólica (Éfeso), a época da Igreja perseguida por Roma (Esmirna) e a época da Igreja estatal (Pérgamo) terminaram, podemos considerar que a expressão ” até que eu venha” pode significar que o período de Tiatira (Igreja Romana) se estenderá até a volta de Cristo para a sua Igreja, portanto a era de Tiatira sobrepõe-se a outras épocas da igreja.

Entendemos também haver um remanescente dentro deste sistema eclesiástico que rejeitam falsos ensinos “aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina”.

- SARDES (anos 1517 – 1700 d.C.) Representa a era da Reforma, desencadeada quando em outubro de 1517 Martinho Lutero afixou suas 95 Teses contra as doutrina praticadas pela Igreja Romana, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg.

Na época era um sistema eclesiástico vivo mas hoje já está praticamente morto, apesar de ainda levar o nome de Reforma. É um sistema eclesiástico que não vigia mais, e grande parte de seus membros rejeitam verdades bíblicas como o Nascimento Virginal, a inspiração plenária da Bíblia, os milagres, a ressurreição de Jesus entre outras.

Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. (Ap. 3.1b-2).

O fato de ser uma igreja morta é demonstrado pela falta do Espírito Santo em seu meio, e pelo fato de grande maioria de seus membros simplesmente participarem de um sistema eclesiástico, sem terem experimentado verdadeira conversão. Esta igreja Jesus adverte: E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei(Ap 3.3b).

Esta fase da igreja (Sardes), tal qual Tiatira coexiste com a Igreja que Cristo vem buscar no arrebatamento.

- FILADÉLFIA (ano 1700 a 1900 d.C.) Representa a época evangelística do avivamento e das missões mundiais, quando a Igreja volta a considerar as verdades e doutrinas Bíblicas e o arrebatamento da Igreja volta a ser reconhecido e pregado. É a Igreja verdadeira coexistindo com dois sistemas eclesiásticos formais como vimos anteriormente.

- LAODICÉIA (ano 1900 d.C. até o arrebatamento) É a decadente igreja do fim dos tempos que vemos hoje. Morna e liberal aos costumes mundanos. Mais preocupada com bens materiais do que espirituais.

Para esta Igreja Jesus disse: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap. 3:20.) Esta passagem bíblica chama a nossa atenção para a eminência da Volta do Senhor Jesus.

Quando alguém está à porta e bate é porque já chegou.

Vejamos agora “Os sete tipos de crentes “comparado às Igreja da Ásia menor.

I. O crente Tradicional (do tipo Éfeso)

Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste.

Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Apocalipse 2: 2-4 Aparentemente este tipo de crente seria um tipo “tradicional”, que tenta manter a Palavra de Deus, combatendo as heresias, e principalmente hoje em dia que existem muitos “Apóstolos” e ministros falsos, com doutrinas variadas e vazias, sem base nenhuma na Bíblia, inclusive atribuindo a Deus as suas autoridades.

Esse crente se firma na Bíblia e acaba duvidando até das ações renovadoras do Espírito, ou seja, devido a tanto engano, ele prefere não crer em nenhum movimento chamado carismático, apostólico, pentecostal.

Sendo assim este crente acaba perdendo o amor e levando tudo para o lado da Palavra de Deus como se fosse uma lei rígida. Este crente precisa de uma renovação espiritual voltar a amar e buscar a Cristo como no início da fé.

II. O crente Sofredor (tipo Esmirna )

Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém é sinagoga de satanás.

Não temas o que hás de padecer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2. 9-10).

Este tipo de crente é o que está oprimido, em local de sofrimento e perseguição, perceba que existe correlação deste crente também com a igreja que estava em Roma no período das grandes perseguições aos crentes, que Paulo diz ser a fé conhecida no mundo todo, inclusive hoje os exemplos dos mártires ainda nos fala de sua fé sacrificial.

Este crente é fraco em seu poder, porém forte no poder de Deus, pois o poder de Deus se aperfeiçoa na nossa franqueza (2 Co 12:9).

Este crente é um exemplo de fé e de superação no meio da tribulação, veja que nas cartas às sete igreja somente duas não são repreendidas por Cristo Esmirna e Filadélfia, justamente as igrejas mais perseguidas pelos falsos judeus. Baseado nestas características, esta igreja representa o crente com características de mártir, sofredor, exemplo disso dos missionários que dão sua vida à obra de Deus, apesar de tudo.

III. O crente profano (tipo Pérgamo)

Sei onde habitas, que é onde está o trono de satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde satanás habita.

Entretanto, algumas coisas têm contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem.

Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas.
Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Apocalipse 2: 13 – 16

Este tipo de crente é o que se encontra em um lugar de grande pecaminosidade (trono de satanás), porém apesar de se achar nesse lugar ele luta e não deixa a fé em Cristo, porém na vida deste crente existem algumas coisas que desagradam a Deus, na carta é citado os nicolaitas e os de Balaão, ou correlacionando, são as distorções da Palavra de Deus em proveito próprio.

Hoje em dia, sem citar nomes também tem algumas denominações evangélicas que distorcem as Escrituras para proveito próprio, caso semelhante aos nicolaitas, ou ainda induzem ao erro como Balaão. Estes crentes muitas vezes são enganados por falsos profetas e falsos doutores, porém eles não deixam a fé.

IV. O Crente Tolerante ao pecado (tipo Tiatira)

Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas que as primeiras.

Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos; e dei-lhe tempo para que se arrependesse; e ela não quer arrepender-se da sua prostituição.

Eis que a lanço num leito de dores, e numa grande tribulação os que cometem adultério com ela, se não se arrependerem das obras dela; Apocalipse 2: 19 -22

Este é o crente que trabalha muito na obra de Deus e produz muitas coisas; crescimento da igreja, discípulos.

Porém vemos que este crente tolera Jezabel (figura de mulher prostituta e idólatra), é certo pelo caráter figurativo de Apocalipse que quando se esta falando de prostituição e idolatria, está se referindo a se colocar algo no lugar de Deus, pois o crente verdadeiro não freqüenta os bordéis, nem utiliza imagens de escultura, mas pode ser avarento (avareza é idolatria), e segundo dizem são duas barras que derrubam o crente a barra de saia (sexo) e a barra de ouro (dinheiro).

Assim este é um crente operante na obra, mas com uma falha muito grande na área sexual ou financeira, as vezes esta operância na igreja é simplesmente para encobrir um relacionamento familiar fraco e carências afetivas não satisfeitas.

Este crente precisa tomar muito cuidado para não se desviar da fé, ou tentar justificar suas condutas através das teologias dos falsos profetas, principalmente para não cair no meio daqueles que no ultimo dia dirão que fizeram muitas coisas para Jesus, mas não eram conhecido de Cristo.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres?

Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade ( Mt 7. 22 – 23).

V. O crente Improdutivo (tipo Igreja de Sardes )

Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas: Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto.

Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer; porque não tenho achado as tuas obras perfeitas diante do meu Deus.

Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se não vigiares, virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei ( Ap 3. 1 – 3)

Este é o crente que está na igreja, porém só é membro, talvez “convencido” pela Palavra e não convertido pelo Espírito Santo. Ele conhece tudo, participa e até coopera, porém ainda não tomou uma decisão verdadeira, pode até ter um comportamento digno de Cristo, porém Jesus ainda não é o Senhor de sua vida.

Como exemplo deste crente podemos enquadrar o mancebo de qualidades em Lucas 18: 18-24, o jovem era realmente interessado e compromissado, mas faltava-lhe se entregar completamente a Deus.

VI. O crente Fiel e vencedor (tipo Igreja de Filadélfia)

Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha Palavra e não negaste o meu nome.

Eis que farei aos da sinagoga de satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo ( Ap 3. 8-9)

Este crente é parecido com o crente Esmirna, inclusive ele sofre com os falsos judeus, também só Filadélfia e Esmirna não são repreendidas por Cristo, além de todas as duas se acharem fracas.

Contudo o diferencial de Filadélfia é que ela será exaltada perante os inimigos de Deus, quando Esmirna será martirizada. Neste ponto entramos num dos maiores mistérios da humanidade. Por que Deus permite que certas coisas aconteçam com os crentes fiéis?

Livra alguns, mas não livra outros? Por que Deus livrou Daniel da cova dos leões, mas não livrou centenas de crentes do martírio com os imperadores romanos?

Seja como for não da para distinguir o crente Esmirna do Filadélfia, todos são fiéis e sofredores, porém o Filadélfia será exaltado na terra por Deus e o de Esmirna será fiel até a morte.

VII. O crente Mundano (tipo Igreja de Laodicéia)

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.

Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas.

Eu repreendo e castigo a todos quanto amo: sê, pois zeloso, e arrepende-te.

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo ( Ap 3. 15 – 20).

Laodicéia - Laodicéia é formada por duas palavras: Laos - povo e Dicéia - opinião ou costume ou voz. Podemos entender que Laudicéia tem o significado de “voz do povo”.

Nesses últimos tempos quem não está em Filadélfia, está em Laodicéia, com suas críticas e opiniões. É a igreja apóstata que anda junto com Filadélfia.

Enquanto Filadélfia está preocupada com Cristo, Laodicéia está ocupada consigo mesma. A opinião, o costume, a crítica, a voz do povo substitui a opinião, o costume, a crítica, a voz do Espírito Santo.

Jesus está do lado de fora dessa igreja, não há lugar para ele lá dentro, mas o amor de Deus é inesgotável, e Ele está batendo, e apresentando o remédio, até a última hora. A igreja "morna" com uma fé que não é nem quente nem fria (Apocalipse 3:14-22).

Laodicéia é localizada no Vale do rio Lico a oeste da Ásia Menor, a principal rota de comércio entre as culturas do Ocidente e Oriente.

Este é o crente auto-suficiente, que se acha o melhor da criação, “filho do Rei” e não servo de Cristo, muito difundido com as chamadas teorias da prosperidade, ele contrasta com o Esmirna que se acha pobre e é rico, Laodicéia é justamente o contrário se acha rico e é pobre.

Jesus chega ao extremo de dizer que está à porta da igreja, (do lado de fora), batendo (pedindo para entrar na igreja Dele), ou seja Laodicéia não está preocupada com Jesus que é o Senhor de todo. Este tipo de crente parece com o fariseu que orava de si para e Jesus relata em Lucas 18.

O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano.

Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho ( Lc 18: 11-12).

É uma oração e um culto centrado muito no eu e não em Deus, veja alguns chavões de crente: “Eu decreto”, Eu profetizo”, “Eu não aceito” e Eu etc...) ou seja tudo no eu.

Este tipo de crente precisa ter uma ter um encontro verdadeiro, com Cristo, abrir a porta e receber Jesus como o verdadeiro Senhor de sua vida.

As sete igrejas de Apocalipse são igrejas literais do primeiro século dC. No entanto, as sete igrejas de Apocalipse também têm um significado espiritual para as igrejas e os crentes de hoje.

Na verdade, o objetivo principal de João ao escrever suas cartas às sete igrejas, era entregar a "avaliação" de Cristo das igrejas daquela época.

No entanto, um segundo propósito para os inspirados textos de João era descrever sete tipos de igrejas (e crentes individuais) que surgiriam repetidamente ao longo da história.

Estas breves cartas às sete igrejas do Apocalipse servem como pequenos lembretes para aqueles que se chamam de "seguidores de Cristo ou cristãos".

Você está realmente seguindo a Jesus? A qual dessas Igrejas você faz parte?

Autor: Jânio Santos de Oliveira

OBRA MISSIONÁRIA

Querido internauta, Deus quando quer abençoar alguém Ele não escolhe cor, raça, espécie nenhuma, pois a palavra de Deus é verdadeira quando fala em João 3: 16

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."

Tenha uma vida abençoada na presença D'Ele, dê seu testemunho através da sua imagem e exemplo de vida, seja um verdadeiro servo(a) de Deus, coloque Ele em 1º lugar na sua vida, e verás o que Ele é capaz de fazer com você e sua família.

Deixo o convite especial para você participar conosco os cultos realizados durante a semana, venha ser grandemente abençoado ouvindo a Palavra de Deus.

2ª feira - Culto do Talento - (Culto realizado nas casas)
Saída em frente a igreja sempre ás 19:30hs
3ª feira - Culto de Oração
5ª feira - Culto de Ensino

2º Sábado do Mês - Culto de Santa Ceia

Domingos às 9:00hs - Escola Bíblica Dominical
Domingos às 19:30hs - Culto de Benção

Venha correndo pegar a sua benção
estamos localizados na Rua Santos Dumont, 492, Centro - Araras - SP (Próximo a garagem da Sopro Divino)

Carlos Eduardo Ferreira Vinagre